08/07/2021 às 09h02min - Atualizada em 09/07/2021 às 00h00min

Dólar sobe nesta quinta e fecha em alta pela oitava vez seguida

Nesta quinta-feira (8), a moeda norte-americana avançou 0,28%, a R$ 5,2538.

Portal G1 - Economia
https://g1.globo.com/economia/noticia/2021/07/08/dolar.ghtml


Nesta quinta-feira (8), a moeda norte-americana avançou 0,28%, a R$ 5,2538. Nota de US$ 5 dólares
REUTERS/Thomas White
O dólar fechou em alta nesta quinta-feira (8) e acumulou o oitavo avanço seguido, mesmo com a atuação do Banco Central. A autoridade monetária vendeu US$ 500 milhões via swaps cambiais e fez a primeira oferta líquida do tipo desde março para tentar conter a subida da moeda.

A moeda norte-americana avançou 0,28%, vendida a R$ 5,2538. Veja mais cotações. Na máxima da sessão, chegou a R$ 5,3135. Na mínima, foi a R$ 5,2193. É o maior patamar de fechamento desde 27 de maio (R$ 5,2553).
A bolsa de valores fechou em queda de 1,25%.
No dia anterior, a moeda norte-americana subiu 0,59%, a R$ 5,2393. Com o resultado, o dólar passou a acumular alta de 1,28% frente ao real no ano. No mês, já subiu 5,65%.
Atuação do BC
O Banco Central vendeu nesta quinta-feira US$ 500 milhões em oferta líquida de contratos de swap cambial tradicional, na primeira operação do tipo desde março, conseguindo amenizar a pressão no mercado de câmbio depois de o dólar superar R$ 5,30.
O swap é um derivativo que permite troca de taxas ou rentabilidade de ativos financeiros. No caso do swap cambial tradicional ofertado pelo BC, o título paga ao comprador a variação da taxa de câmbio acrescida de uma taxa de juros (cupom cambial). Em troca, o BC recebe a variação da taxa Selic.
Ao recorrer a esse instrumento, o objetivo do Bacen é evitar movimento disfuncional do mercado de câmbio, provendo "hedge" cambial - proteção contra variações excessivas da moeda norte-americana em relação ao real - e liquidez aos negócios. A colocação de contratos de swap tradicional pelo BC, portanto, funciona como injeção de dólares no mercado futuro de dólar.
Defesa diz que CPI ‘desrespeita’ militares; presidente de comissão se diz ‘intimidado’
Cenário
O Federal Reserve (BC dos EUA) divulgou na véspera a ata de sua última reunião de política monetária, na qual evitou sinalizar mais claramente quando poderá começar a debater corte de estímulos adotados durante o começo da pandemia - e que ajudaram a sustentar os mercados desde então.
Não bastasse, o número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego aumentou inesperadamente na semana passada, indicação de que a recuperação do mercado de trabalho após a pandemia de Covid-19 continua instável.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram em 2 mil para um número com ajuste sazonal de 373 mil na semana encerrada em 3 de julho, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta. Economistas consultados pela Reuters previam 350 mil novos pedidos para a última semana.
Por que trabalhadores nos EUA estão pedindo demissão em ritmo recorde
"Foi um (Fed) cautelosamente 'dovish' (favorável a uma política monetária mais frouxa)", disse Leon Abdalla, analista de investimentos da Rio Bravo. "No fim, as avaliações do Fed ainda indicam bastante liquidez no mercado", acrescentou.
Na cena doméstica, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os números da inflação oficial do país em junho. Puxada pela alta da energia elétrica, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,53% em junho, atingindo 8,35% em 12 meses.
Energia em alta: veja perguntas e respostas sobre o sistema de bandeiras e o peso na conta de luz
Permanecem ainda no radar dos investidores os desdobramentos dos trabalhos da CPI da Covid, fonte de mais ruídos políticos recentemente. Na quarta, o ex-servidor do Ministério da Saúde Roberto Dias foi preso pelo presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), acusado de mentir sobre as denúncias de superfaturamento e pedidos de propina.
A tensão política escalou com reação do Ministério da Defesa, em uma nota crítica a Aziz. O presidente da comissão afirmou que fazia "muitos anos" que o Brasil não via "membros do lado podre das Forças Armadas envolvidos com falcatrua dentro do governo".
Veja as últimas notícias da CPI da Covid
As Forças Armadas disseram que Aziz foi "leviano" e "irresponsável" ao dizer que há militares envolvidos em "falcatrua" no governo. O documento é assinado pelo ministro Braga Netto e pelos comandantes das Forças Armadas.
Após a divulgação da nota, Omar Aziz disse no plenário do Senado que a fala foi "pontual" e que as Forças Armadas não devem intimidá-lo. "Minha fala hoje foi pontual, não foi generalizada. E vou reafirmar o que eu disse lá na CPI. Pode fazer 50 notas contra mim, só não me intimida", afirmou.
Variação do dólar em 2021
Economia G1

Fonte: https://g1.globo.com/economia/noticia/2021/07/08/dolar.ghtml

Link
Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Comentar

*Ao utilizar o sistema de comentários você está de acordo com a POLÍTICA DE PRIVACIDADE do site https://sandboxwj.cmswebsg.com.br/.