27/10/2022 às 16h02min - Atualizada em 29/10/2022 às 00h00min

Abstenções batem recorde e governantes pouco fazem para mudar esse cenário

Autor: Antonio Tuccilio, presidente da Confederação Nacional dos Servidores Públicos (CNSP)

SALA DA NOTÍCIA Lucas Pinheiro do Amaral
Texto Assessoria

Antônio Tuccilio
Autor: Antonio Tuccilio, presidente da Confederação Nacional dos Servidores Públicos (CNSP)

O ano de 2022 é muito simbólico para o sistema eleitoral brasileiro, pois as eleições deste ano registraram o maior índice de abstenções desde 1998: 20,89% dos eleitores aptos não compareceram à votação no primeiro turno. Estamos falando que 31 milhões de pessoas (ou 1 em cada 5 dos habilitados) deixaram de votar.


Esse percentual segue tendência de crescimento desde as eleições de 2006, mas não vimos nenhuma medida concreta das autoridades para estancar essa evasão de eleitores aptos, pois independentemente de candidatos ou partidos participar do sistema democrático é de suma importância para os rumos do país.

É preciso ampliar potencialmente a divulgação da importância do voto. A participação do povo é direta e fundamental nas eleições. Em nenhum outro momento do regime democrático a participação popular é tão direta quanto na hora de eleger seus representantes.

Nas eleições de 2006, a abstenção foi de 16,75%. Em 2018, chegou a 20,03% no primeiro turno. Quando falamos em faixa etária, os idosos acima de 70 anos representam a maior parcela (abstenção de 62,7%) e um em cada cinco jovens também não tem ido votar (20,03%).

Em comparação com 2018, a abstenção este ano aumentou em quase todos os estados. As exceções são Tocantins, Sergipe, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Distrito Federal. Entretanto, um dado foi positivo: o maior comparecimento de idosos, que registrou aumento de 1,1 milhão nessa faixa etária.

Mais da metade dos analfabetos não compareceu às seções eleitorais, apesar desse grupo receber a permissão de faltar sem justificativa, assim como os maiores de 16 e menores de 18 anos e pessoas acima dos 70 anos. Está aí um ponto de alerta a se observar e tentar de alguma forma fazer com que essas pessoas possam  expressar seus desejos por meio das urnas.

Defendo e apoio as campanhas que explicitam a importância do voto, sem apoiar necessariamente A ou B. Escolher nossos representantes é ganhar o direito de protestar e cobrar. Faça sua parte e ela só pode ser feita com o seu voto!


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